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CARTA
Se eu soubesse dar às palavras o rumor lento e raso dos
teus dedos
sagrar o ritmo das confidências no crepúsculo de um
poema
e silenciar as esperas na última pausa de um beijo
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Deixar-te-ia esta carta num recanto da tua pele.
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Sandra Costa, Sob a luz do mar,
Campo das Letras, Porto, 2002, p.86