«Como o direito natural, por definição, é irrenunciável, cada um acaba, em termos práticos, por legitimar o poder absoluto do soberano, não sobre si, mas unicamente sobre todos os restantes. É o que Hobbes refere: «cada um obriga-se a ajudar o soberano na punição de outrem, mas não na de si próprio» (Leviathan, XXVIII).
Diogo Pires Aurélio, Imaginação e Poder,
Edições Colibri, Lisboa, 2000, p.144-5