Segundo Quine, neste procedimento não há realmente progresso porque a inexplicada palavra analítico apela agora para a inexplicada frase regra semântica. Aparentemente, as regras semânticas só se distinguem pelo facto de aparecerem numa página encabeçada pelo título Regras Semânticas.
Quine aproxima este procedimento ao da selecção de postulados. Qualquer selecção de proposições pode constituir um conjunto de postulados quanto qualquer outra. O termo postulado só tem significado em relação com um processo de investigação. Neste, escolhemos um conjunto de proposições como postulados só na medida em que nos pareçam apropriados a alcançar através de uma série de transformações outras proposições que prendem a nossa atenção.
A noção de regra semântica é tão sensível e significativa quanto a de postulado. E, deste ponto de vista, nenhuma subclasse de verdades em L é intrinsecamente mais regra de semântica do que qualquer outra.
Quine rejeita ainda a objecção de que uma linguagem artificial L (ao contrário de uma natural) é uma linguagem no sentido ordinário mais um conjunto explícito de regras semânticas, o todo constituindo, digamos, um par ordenado; e que as regras semânticas de L são então simplesmente especificáveis como a segunda componente de L.
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