q PORTANTO, parece, « a conjunção de motivos e acções voluntárias é tão regular e uniforme como a que existe entre a causa e o efeito em qualquer parte da natureza.»
ORA, a humanidade conhece universalmente esta conjunção regular que nunca foi objecto de disputa quer na filosofia ou na vida comum.
A uniformidade experimentada nas acções humanas é a fonte das inferências acerca das acções dos outros, em cuja expectativa se entrelaça a cooperação social e a dependência mútua dos homens.
POR CONSEGUINTE; não teremos razão para afirmar que toda a humanidade sempre concordou na doutrina da necessidade, tal como a definimos? (§ 69)
q E TAMBÉM nunca os filósofos acolheram opinião diferente e das pessoas, neste particular. Atente-se, tão só, quão diminuta é a parte especulativa do ensino a que não seja essencial a veracidade dos que o ministram.
É tal a conexão entre a evidência natural e a evidência moral que o espírito forma uma única cadeia de argumento, e não vê diferença entre as causas naturais e as acções voluntárias, ao passar de um para outro elo, de sorte que não é menor a certeza preditiva de qualquer evento futuro do que se estivesse conexo com objectos presentes aos sentidos (ou à memória) por um encadeamento de causas, cimentadas pelo que nos comprazemos em chamar uma necessidade física. (§ 70)
q PORQUÊ, ENTÃO, reconhecida que é por todos os homens a doutrina da necessidade em toda a sua prática e raciocínio há relutância em reconhecê-la nas palavras?
Os meus links