Mais uma vez, a consciência é por vezes usada para significar o Eu penso, ou unidade no pensamento. Mas a unidade não é nada senão consistência ou o reconhecimento da consistência. A consistência pertence a cada signo na medida em que ele é um signo; e portanto cada signo, visto ele significar primeiramente que é um signo, significa a sua própria consistência.
O signo-homem adquire informação e acaba por significar mais do que significava inicialmente. Mas também as palavras o fazem. ( ) O homem faz a palavra e a palavra não significa nada que o homem não a tenha feito significar ( ) Mas uma vez que os homens apenas podem pensar por meio de palavras ou de outros símbolos externos, estes podem, por sua vez, retorquir: «Vocês não significam nada nós não vos tenhamos ensinado, e isso apenas na medida em que enunciam uma palavra que é o interpretante do vosso pensamento.»
Pode dizer-se que o homem tem consciência, enquanto a palavra não a possui. Mas consciência é um termo muito vago. Pode significar aquela emoção acompanhando a reflexão de que temos uma vida animal.
Esta é uma consciência que se torna ténue quando a vida animal avança para a sua decadência ou adormece, mas que já não o é quando a vida espiritual está no seu ocaso; que é mais viva quanto mais animal um homem é, mas que já não o é quanto mais homem o homem é.
Não atribuímos esta sensação às palavras porque temos razões para acreditar que ela depende da posse de um corpo animal. Mas, sendo essa consciência uma mera sensação, ela é apenas parte da qualidade material do signo-homem.
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