Atiro-me para a frente, e por isso não posso observar-me
a fazê-lo. Certamente que não.»
§ 432 Todo o símbolo, isolado, parece morto. O que é que lhe dá vida? Só o uso lhe dá vida. Tem, então, em si o sopro da vida? Ou é o uso que é o sopro da vida?
«But what of the man who says nothing and does not shiver?
Where all is intractable, where all is hermetic and evasive,
one can do no more than observe.» (Paul Auster)
§ 426 Evoca-se uma imagem que parece determinar o sentido univocamente. Comparada com a aplicação que a imagem nos sugere, a aplicação real parece um pouco profanada. ( )
§ 339 Pensar não é um processo incorporal que dá a falar vida e sentido, e que poderia separar-se daquele, tal como o diabo retirou do chão a sombra de Schlemiehl. ( ) [a gramática da palavra «pensar»]. Uma forma de expressão inapropriada é um meio seguro de se ficar imobilizado numa confusão. ( )
§ 298 O facto de que gostaríamos tanto de dizer «O importante é isto» ao mostrarmos a nós próprios a sensação que temos mostra já que estamos muito inclinados a dizer uma frase que não comunica coisa alguma.
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