§ 295 (texto alterado) «Eu só sei pela percepção do meu próprio caso que...» à uma espécie de exclamação!, destituída de conteúdo; no entanto, à ainda uma imagem!
Sim, quando ao fazermos Filosofia olhamos para dentro de nós, obtemos, muitas vezes, justamente, a percepção de uma dessas imagens. Na verdade obtemos uma representação da nossa gramática por meio de uma imagem. Não vemos factos, mas sim uma espécie de maneiras de falar ilustradas.
§ 293 (texto alterado) A palavra «dor»; cada pessoa com uma caixa, dentro da qual está uma coisa ou nenhuma, mas todas com o mesmo nome «escaravelho» e nenhuma pode ver o que está na caixa de uma outra: cada um diz que só sabe o que é um escaravelho pela percepção do seu escaravelho. Neste caso, o emprego da palavra «escaravelho» não seria o de uma designação de uma coisa. A coisa na caixa não pertence ao jogo da linguagem; nem sequer como um simples algo a caixa pode estar vazia! Se se constrói a gramática da expressão da sensação a partir do paradigma de «objecto e designação», então o objecto, fica fora de consideração.
§ 320 O pensamento fulminante pode relacionar-se com o pensamento verbalizado como a fórmula algébrica se relaciona com a sucessão de números que eu desenvolvo a partir dela. ( )
§ 241 (verdadeiro e falso: é na linguagem que as pessoas concordam; não uma concordância de opiniões, mas de formas de vida)
§ 242 (comunicação por meio da linguagem) (concordância quanto a definições e quanto a juízos)
§ 244 Como é que as palavras referem sensações?
§ 246 Até que ponto as minhas sensações são privadas?
§ 275 Olha para o azul do céu e diz a ti próprio: «Que azul que está o céu»! Se fizeres esta experiência espontaneamente sem intenções filosóficas então não te ocorrerá pensar que esta impressão cromática pertence apenas a ti. E não tens qualquer hesitação em te dirigires, com esta exclamação, a uma outra pessoa. ( )
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