§ 325 Aquilo que os homens aceitam como justificação revela como pensam e como vivem.
§ 352 [o princípio do terceiro excluído] (...) "No desenvolvimento infinito de PI,
ou ocorre uma vez o grupo de algarismos (7777) ou não ocorre
- uma terceira possibilidade não existe".
Isto é: Deus vê - mas nós não o sabemos.
Mas o que é que isso significa?
- Nós utilizamos uma imagem;
a imagem de uma séria visível, da qual
uma pessoa tem uma visão do seu todo
e uma outra pessoa não tem.
O princípio do terceiro excluído diz aqui:
ou tem que ter este aspecto, ou aquele.
Logo, o princípio do terceiro excluído diz - e isto é evidente - absolutamente nada,
mas dá-nos antes uma imagem.
E agora o problema é suposto ser o seguinte:
concorda a realidade com a imagem ou não?
E esta imagem parece agora determinar o que temos a fazer,
o que temos a procurar e como
- mas não o faz,
porque precisamente não sabemos como aplicá-la.
Quando aqui dizemos "Não há uma terceira possibilidade"
ou "De facto não há uma terceira possibilidade!",
então nisso exprime-se que
não somos capazes de tirar os olhos desta imagem
- uma imagem que tem a aparência de conter em si, necessariamente,
o problema e a sua solução,
enquanto nós sentimos não ser esse o caso. ( )
'Quem é aquele que Nausícaa traz com ela, um estrangeiro
tão alto e bem parecido? Onde o terá ela encontrado?
Será ele o esposo dela? Deverá ser alguém que naufragou,
um estrangeiro de muito longe, já que nós não temos vizinhos.
Ou será antes um deus que tenha descido do céu, em resposta
às suas preces? Ela tê-lo-á como marido todos os seus dias!
Melhor assim, que tenha ido buscar o noivo a outro sítio,
pois já se percebeu que ela liga pouco aos Feaces cá da terra,
embora aqui não lhe faltem muitos e belos pretendentes.'
Odisseia, VI, 276-84.
§ 372 Reflecte no seguinte: "Na linguagem, o único correlato
de uma necessidade da natureza
é uma regra arbitrária.
Esta é a única coisa que se pode extrair
desta necessidade da natureza
e pôr numa proposição".
§ 371 A essência manifesta-se na Gramática.
§ 383 Não analisamos um fenómeno (), mas sim um conceito (), e assim
a aplicação de uma palavra. Assim pode parecer que aquilo que estamos a fazer
é Nominalismo. Os Nominalistas cometem o erro de interpretar todas as palavras
como nomes, de modo que realmente não descrevem a sua aplicação ().
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