«6.021 - O número é o expoente de uma operação.»
operação (a) - base ^0 - a operação em si (=1), projectada, inexecutada;
operação (b) - base ^1 - a operação executada (=1): a sequência da base, percorrida na contagem.
(a) precede (b), sucede-lhe ou coincidem? :)
operação (c) - base ^n - a sequência de contagem da base, repetida n vezes. Com n--> oo, o "ilimitado" matemático, mera reiteração do mesmo: imaginável no modo (a), indemonstrável no modo (b).
6.431 Com a morte o mundo não se altera, cessa.
6.4311 A morte não é um acontecimento da vida.
Não há uma vivência da morte. Se se compreende a eternidade não como a duração temporal infinita mas como intemporalidade, então vive eternamente quem vive no presente. A nossa vida é infinita, tal como o nosso campo visual é sem limites.
5.6 Os limites da minha linguagem significa os limites do meu mundo.
5.61 A Lógica enche o mundo; os limites do mundo são também os seus limites. Assim não se pode dizer em lógica: «no mundo há isto e isto, mas não aquilo». Aparentemente isso pressuporia a exclusão de certas possibilidades, o que não pode ser o caso, uma vez que a Lógica iria para lá dos limites do mundo, como se também deste lado lhe fosse possível considerar aqueles limites. Aquilo que não podemos pensar, não podemos pensar; também não podemos dizer aquilo que não podemos pensar.
5.62 Esta observação é a chave para a decisão do problema de saber até que ponto é que o Solipsismo é verdadeiro. O que o Solipsismo quer dizer é correcto mas não se pode dizer: revela-se a si próprio. Que o mundo é o meu mundo revela-se no facto de os limites da linguagem (da linguagem que apenas eu compreendo) significarem os limites do meu mundo.
5.634 ( ) Tudo o que vemos podia ser diferente do que é.
Tudo o que podemos descrever podia ser diferente do que é. ( )
1. O mundo é tudo o que é o caso.
1.1 O mundo é a totalidade dos factos, não das coisas.
2. O que é o caso, o facto, é a existência de estados de coisas.
2.01 O estado de coisas é uma conexão entre objectos (coisas)
2.021 Os objectos formam a substância do mundo. Por isso não podem ser compostos.
2.0231 A substância do mundo só pode determinar uma forma e nenhumas propriedades materiais. Pois estas só são representadas através de proposições só são formadas através da configuração dos objectos.
2.15 Que os elementos da imagem se relacionam entre si de um modo e uma maneira determinados representa que as coisas se relacionam entre si.
Chame-se a esta conexão dos elementos da imagem, a sua estrutura, e à sua possibilidade, a sua forma de representação pictorial.
2.1511 A imagem está assim em conexão com a realidade; chega até ela.
2.1512 É como uma régua aposta à realidade.
(Tractatus)
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