É por isso que os homens sentem todos «o apetite de procurar o que lhes é útil» (E, I, Appendix). É por isso, enfim, que o desejo (cupiditas), ou apetite consciente, «é a própria essência do homem concebida como determinada a fazer algo sempre que nela se dá uma qualquer afecção» (E, III, Affectuum Definitiones).
O desejo é a essência do homem ...
O desejo é o principal dos afectos, ...
Diogo Pires Aurélio, Imaginação e Poder,
Edições Colibri, Lisboa, 2000, p.116
De Fernanda a 22 de Novembro de 2008 às 04:04
Encontrei por acaso este blog. Não sou muito de blogs, mas o teu me impressionou. Fiquei curiosa sobre ti e o que te leva a manter algo tão vasto e enriquecedor.
De
vbm a 24 de Novembro de 2008 às 14:21
É. Também não gosto de blogs. Não há conversação, as pesoas não se encontram. Contudo, desde que apareceu este dispositivo na net e os fóruns definharam de participantes, resolvi manter uma edição perseverante de pensamentos de filósofos cuja leitura me foi sempre tão gratificante. Agora, estou com Espinosa que, durante anos, considerei absolutamente impenetrável na sua hermética "Ética", mas que um belo dia, com vagar e calmamente, consegui finalmente ler e reler de fio a pavio e perceber tudo - ou quase tudo, porque a parte V, a última, que comparam a uma sinfonia de Beethoven ou Mozart..., essa ainda não a compreendo bem: dizem que é totalmente intuitiva e a ser absorvida na totalidade numa só inspiração e eu... não a entendo!
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